quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Fanpage: um pouco de como atacou o São Paulo de Bauza contra o César Vallejo lá no Peru



Texto publicado no dia 5 de fevereiro na fanpage do blog Padrão Tático

Por: José Victor de Lima Soares
Siga-me no Twitter: @josevitor83

Edgardo Bauza mal tinha sido apresentado no São Paulo e já se iniciavam os rótulos: ''técnico conservador'', ''retranqueiro''... Mas entender o jogo que é bom... NADA!
E o que mais chamou a atenção, mesmo ainda sem 1 mês de trabalho (amanhã completará 1 mês), foi os ATAQUES (ele não era retranqueiro?) posicionais da equipe. Já é possível observar algumas das ideias de Edgardo sendo aplicadas no São Paulo, como, por exemplo, os conceitos de ''tercer hombre'' (terceiro homem) e ''hombre libre'' (homem livre), pouco falados e estudados aqui no Brasil.
Abaixo, você poderá observar uma sequência de 5 imagens de um dos ataques posicionais da equipe: começando lá atrás - Bauza sempre buscará como primeira opção para a saída o passe interior - com a saída lavolpiana (que não foi um padrão, mas que pode se tornar um com mais tempo pra treinar) - o padrão foi Hudson buscar mais se posicionar nas costas da primeira linha de pressão rival, o chamado mediocentro posicional lá na Espanha - e terminando com o passe em profundidade de Ganso, que recebeu totalmente livre após um grande trabalho coletivo e diversos movimentos planejados e executados.






As 2 imagens abaixo do SP mostram a pequena diferença entre os conceitos de "lado forte e lado fraco" e "atrair por dentro e sair por fora". Note que: na primeira imagem, a equipe atrai atráves de apoios o César Vallejo mais pro lado esquerdo e tem como opção Bruno aberto no outro lado, é o conceito de lado forte e lado fraco, na qual o rival ocupa DUAS faixas (no caso, esquerda e central) e deixa vazio o lado oposto; na segunda imagem, o São Paulo combina por dentro com 4 jogadores - inclusive com os extremos Centurión e Michel Bastos -, atrai 8 rivais pra essa (UMA) faixa do campo e dá amplitude profunda com os laterais nas zonas mortas do campo - os dois lados, não só um - para sair por fora com eles. Entendeu a pequena diferença?



Este que escreve fará uma análise completa do São Paulo de Edgardo Bauza no futuro (bem próximo), não só sobre a organização ofensiva, como as transições defensivas e ofensivas, a organização defensiva e as bolas paradas.